OSMAR PINTO IMÓVEIS – 50 anos
Uma história, um legado
O PRECURSOR
Para contar a história da “Osmar Pinto Imóveis”, é necessário voltar ao passado dele mesmo.
Osmar Pinto de Souza, 72 anos, tem uma bela e marcante história de trabalho e conquistas. Advogado, contabilista, corretor de Imóveis e empresário; Osmar nasceu na Pixirica, pertencente hoje ao município de Morrinhos do Sul, e foi registrado na Pirataba, atual Distrito de Glória, mais conhecida como Glorinha.
Ainda quando criança mudou-se para a cidade de Torres com a família, lembra Osmar:“- Minha família; eu , meu pai e minha mãe viemos para Torres quando eu tinha apenas 6 anos, viemos para cá porque o meu pai era carpinteiro, e na época veio trabalhar com o Sr. Homero Gianatassio.”
Homero Gianatassio, naquele tempo, tinha uma oficina que fabricava esquadrias e móveis, no bairro Praia do Cal, localizada na Rua Padre Lamonaco, em frente ao atual colégio Sagrado. “Ali nós moramos nos chalés que ele tinha, e oferecia aos empregados…, eram chalés geminados, de dois pavimentos; embaixo era depósito de madeira e em cima as instalações de moradia. Tinham duas peças ali, era uma cozinha e sala conjugadas e um quarto grande, onde todos dormiam. Por um bom tempo ali foi o alojamento da oficina...”, recorda Osmar.
Aos 8 anos de idade, ainda criança, Osmar iniciou seu trabalho como engraxate de sapatos, relembra ele: “...comecei engraxar sapatos no bar Tupinambá , depois dali eu fui para um local melhor, bem mais reservado, pois fui convidado pra ir engraxar na barbearia do Sr. Patrício Barrim, que estava localizada em frente ao Hotel SAPT, na Rua Júlio de Castilhos.”
Assim foi por algum tempo, até que Osmar fez amizade com os dois sócios empresários e proprietários do famoso Bazar Praiano; o Sr. Paulo Batista e o Sr. João Maciel Dalloli, que observando seu esforço o convidaram para trabalhar com eles no setor de jornais e revistas daquele comércio.
Aos 12 anos, Osmar inicia como office-boy e responsável pelo setor de jornais e revistas no Bazar Praiano. “- Eu era office-boy e cuidava também da parte de jornais e revistas. Eu recebia os jornais, fiscalizava o recebimento, botava os em exposição, e depois fazia a devolução dos que sobravam. Todo o gerenciamento de jornais e revistas era comigo. Aprendi bastante trabalhando neste setor”, afirmação feita por ele com gratidão.
Ainda no Bazar Praiano, para obter um ganho maior, Osmar passou para um trabalho mais pesado, que foi a distribuição de Gás de cozinha. “- Era terrível! Esta foi uma parte ruim, porque eu precisava fazer muita força. Subir com um botijão de treze quilos num prédio de dois, três andares (suspiros). era pesado! Mas
ganhava mais, porque eu continuava com o trabalho no bazar, mas também fazia as entregas de botijão como renda extra.” Com Paulo Batista e João Maciel Dalolli, Osmar Pinto reconhece que aprendeu muito da vida, em especial, o valor pelo trabalho. Recorda ele, que naquela época havia poucas oportunidades de trabalho em Torres, no entanto ele soube abraçar cada uma das que lhe foram propiciadas. E assim ele rememora: “- Quando aparecia alguma, a gente a agarrava, vestia a camiseta da empresa sem importar-se com horário fixo”, e afirma que às vezes quando saía do trabalho já era mais de meia noite.
Na época, o agente do Correio do Povo, em Torres, se chamava Mário Krás Borges. “- O Sr. Mário Krás Borges, era agente e correspondente da companhia jornalística Calda Júnior, em Torres. Eu o conheci ali no Bazar Praiano, porque era diretamente com ele que eu conversava para fazer a negociação, recebimento e devolução dos jornais que vendíamos no Bazar. Então, eu tinha um contato semanal com ele, visto que além de todo o trâmite sobre os jornais, ainda era função minha ir até ele para devolver as “buchas”, era assim que nós chamávamos as sobras de jornais”, revive ele.
Os anos se passaram, e Sr. Mário já estava com uma idade avançada e bem cansado do trabalho e do contato direto com os jornaleiros; gurizada nova que dava muito trabalho a ele. Nesta época, ele passou a apreciar a escrita e a escrever algumas colunas para o Correio do Povo, colunas estas que falavam sobre a cidade de Torres. “- Foi aí que uma oportunidade veio a mim, eu tinha 16 anos, e ele me perguntou se eu queria ser agente da Calda Júnior. E eu disse, sim, tenho interesse, porque eu já tinha conhecimento sobre o assunto, conhecia também o negócio dos jornais e como tudo funcionava…”
Assim, inicia-se um novo ciclo…
O SURGIMENTO DA CASINHA DE JORNAL
Tudo começou com a necessidade de um local para distribuir jornais. Até aquele momento, o centro de distribuição dos jornais era na casa do Sr. Mário, um ponto vital onde as notícias fluíam e os negócios prosperavam.
No entanto, Osmar precisava de uma estrutura própria, foi assim que surgiu sua primeira ‘Casinha’, construída com a colaboração de seu pai. Com apenas três metros de largura por três metros e meio de profundidade, essa modesta estrutura foi o ponto de partida para um empreendimento muito maior que estava por vir que qualquer um poderia imaginar na época.
Ali, Osmar expandiu sua comercialização, distribuindo não apenas jornais, mas uma variedade de publicações que abrangia desde jornais até revistas de renome nacional, além de também vender flores.
Nas ruas de Torres, a história de Osmar Pinto começava a ganhar forma. Na esquina da Joaquim Porto com a Júlio de Castilhos, uma Casinha de madeira se destacava, não apenas como um marco físico, mas como o âmago de uma rede de atividades comerciais que iria moldar a vida e o futuro de muitos naquela comunidade. Foi nesta Casinha que Osmar iniciou sua jornada, que não era apenas sobre vender jornais; era sobre construir uma história a partir das necessidades e oportunidades que se apresentavam.
Não obstante, a jornada de Osmar não se resumia apenas à distribuição de notícias. A Casinha logo evoluiu de um simples centro de distribuição para um ponto de referência na cidade, um lugar onde as pessoas se encontravam não apenas para comprar jornais, mas para interagirem e trocar informações, se tornou um ponto de encontro para os moradores locais, onde as histórias se entrelaçavam e os negócios prosperavam.
Desta maneira, a comunidade cresceu em torno do estabelecimento, e Osmar começara a se tornar uma figura proeminente na Praia de Torres.
Todavia, existe uma parte da história que poucas pessoas conhecem, pois a Casinha de Jornal não tinha banheiro, o que representava uma questão delicada.
“- E foi então que o destino colocou o Sr. Mário Raupp em meu caminho, ‘um homem de coração generoso, um amigo verdadeiro.’ Ele era o dono do bar, choperia e casa de pesca, “A Furninha”.
-Era lá que eu encontrava um pouco de conforto para minhas necessidades mais básicas. Os banheiros ficavam na parte de trás da lomba, e no início, eu me aventurava sorrateiramente até o banheiro, mas logo fui descoberto. Eu usava o banheiro daquele estabelecimento para tomar ‘banho’ com a água da torneira, escovava os dentes, …; eu considerava aquele, o ‘meu banheiro’, que na verdade era o banheiro da “A Furninha”.
- Mas, depois de algum tempo teve um guarda que me dedurou ao proprietário do local. ‘- Esse rapaz está usando o banheiro!’, disse ele a Seu Mário. Consequentemente, Seu Mário me chamou e perguntou: ‘- Tu estás usando o nosso banheiro? Constrangido e um pouco sem jeito respondi: ‘- Sim, eu uso, porque eu não tenho ali na casinha de jornal.’
- Sr. Mário questionou: ‘- E o banho?’ - Respondi que eu usava a torneira para tomar banho, porque eu não tinha outro meio para fazer aquilo, além de dizer também que eu dormia no local de trabalho, apontando em direção a tal casinha e explicando a falta de opções naquela época.
Foi aí que, com um gesto acolhedor, Sr. Mário disse que colocaria um chuveiro no banheiro que eu fazia uso para melhorar um pouco minha situação. (momento relatado com muita emoção, lágrimas nos olhos e com sentimento de gratidão).
“- E ele cumpriu com sua promessa”, afirma Osmar.
E assim graças à bondade do Sr. Mário, Osmar ganhou não apenas um chuveiro, mas também um símbolo de solidariedade e apoio. “- E assim foi durante todo o tempo que eu tive a casinha ali. Seu Mário foi...... (lembrança dita com emoção e lágrimas nos olhos), na verdade, ‘É’ (pois está vivo), um homem muito justo e generoso!”, completa a frase com dificuldade na voz já embargada pela emoção, se referindo a Seu Mário,
Encerra-se então, o relato deste delicado capítulo da trajetória do fundador da “Osmar Pinto Imóveis”; onde dificuldade, generosidade e apoio deram suporte a atual empresa.
O COMEÇO DA OSMAR PINTO IMÓVEIS
Todavia, foram a inovação e a visão empreendedora de Osmar, que realmente impulsionaram seu negócio para o próximo nível.
Tendo em vista que o simples gesto de indicar uma casa para locação durante uma viagem de férias de um vizinho deu origem a um novo capítulo na vida dele; pois ao perceber a demanda por aluguéis de verão, Osmar permitiu que os moradores locais fixassem cartazes improvisados na lateral da Casinha de Jornais para anunciar imóveis para aluguéis de temporada, passando assim a despertar o interesse dos veranistas.
No entanto, ele não fazia ideia de que neste momento iniciava o caminho para seu próximo empreendimento, a Osmar Pinto Corretora de Imóveis.
Esse simples ato de facilitar o mercado imobiliário local não só trouxe uma nova fonte de renda, mas também solidificou a posição de Osmar como um empreendedor proeminente na comunidade
Osmar, um jovem de apenas 19 anos, viu-se no centro de uma demanda crescente por propriedades de veraneio. O sucesso dos aluguéis foi notável, e em pouco tempo, a Casinha de Esquina se tornou o eixo de prósperas operações imobiliárias.
Mas nem tudo eram flores, denúncias surgiram, questionando a legalidade de suas atividades. Logo, o Conselho de Corretores de Imóveis de Porto Alegre foi chamado para investigar. Consequentemente, surgiu a ameaça de uma multa iminente; um fardo que poderia desestruturar toda a estabilidade conquistada até ali com tanto esforço, pelo fato de estar praticando uma profissão para a qual não estava habilitado.
Aquela tarde, porém, foi marcada por uma proposta inusitada que mudaria o curso da vida daquele jovem, que quando criança fora engraxate, na adolescência, agente e correspondente distribuidor de jornais e no futuro, um homem de negócios.
Entre fiscais "bonzinhos" e "malvados"; com sua abordagem honesta e sua disposição para cooperar com os reguladores, Osmar chamou a atenção de um dos fiscais. E entre as lamentações, uma luz surgiu na forma de uma proposta: “- Tens interesse em ser corretor?" perguntou um dos fiscais a Osmar.
No pensamento, o objetivo principal era escapar da multa, mas este foi alimentado por uma nova oportunidade, e assim, quase que instantaneamente, Osmar respondeu: "Olha, se é para fugir desta multa, eu tenho interesse!”
E assim, o destino o levou a Porto Alegre, onde se matriculou no curso de corretor da ACM - Associação Cristã de Moços em busca de um diploma que desse a ele o direito de exercer a profissão para a qual já demonstrava afinidades.
Lá, o curso que duraria quase dois anos, se resumiu em dezoito meses árduos de dedicação, e desta forma ele absorvia cada conhecimento necessário para trilhar o caminho da legalidade e da independência financeira num novo ramo de trabalho.
Desse modo, ao retornar a sua pequena Casinha de Negócios, mais precisamente em novembro de 1974, agora devidamente regularizado e com a carteira profissional em mãos, expôs seu diploma em um quadro no centro da Casinha de Jornal e abraçou a nova identidade profissional: Técnico em Transações Imobiliárias, mais conhecido como Corretor de Imóveis, Osmar Pinto de Souza.
A partir disso, iniciou sua trajetória nesta especialidade, expandindo suas atividades para além de alugar, agora também realizando vendas de imóveis. Cada negociação foi impulsionada pela experiência acumulada nos corredores da ACM e pela determinação inabalável de prosperar.
Hoje, a Casinha da Rua Joaquim Porto, esquina com a Júlio de Castilhos pode não estar mais lá, mas as histórias de Osmar Pinto continuam a inspirar. Seu espírito empreendedor, sua determinação e sua capacidade de transformar desafios em oportunidades deixaram um legado duradouro na comunidade Torrense; principalmente entre os novos corretores de imóveis e as novas imobiliárias locais.
A EMPRESA - OSMAR PINTO CORRETORA DE IMÓVEIS – 50 ANOS
Há cinco décadas, em um local pequeno e humilde, uma pequena imobiliária surgiu no coração da cidade, trazendo consigo sonhos e alicerces para um futuro próspero. Em novembro de 1974, o mercado imobiliário da cidade de Torres estava prestes a testemunhar a ascensão de uma instituição que moldaria seu cenário por décadas a fio. Fundada por um visionário empreendedor, cujo nome ressoa até hoje em meio ao cenário do mercado imobiliário Torrense, a imobiliária iniciou suas atividades com o punho forte de um jovem inovador e dedicado profissional, com uma determinação inabalável. Desde então, cada transação, cada venda e cada novo cliente contribuíram
para a construção de uma história de sucesso que se faz presente até a atualidade.
Os primeiros anos foram desafiadores, marcados por altos e baixos típicos de qualquer empreendimento que se inicia. No entanto, com uma capacidade de resiliência e uma filosofia centrada na excelência e na satisfação do cliente, a imobiliária não apenas sobreviveu, mas prosperou conquistando uma reputação notável no ramo.
À medida que o tempo avançava, a imobiliária expandiu suas operações, abrindo novas filiais em áreas estratégicas; não apenas na cidade de Torres, mas também na capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, e em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, aumentando a sua aba de negócios para atender às crescentes demandas do mercado. Nesse ínterim, a empresa tornou-se sinônimo de confiança e segurança, a primeira escolha tanto para aqueles que procuram por um lar, quanto para investidores ávidos por oportunidades.
O sucesso incessante da imobiliária foi construído sobre os pilares da qualidade e expertise em seus negócios, com profissionalismo e honestidade para com seus clientes. Assim, em um mundo onde a confiança é muitas vezes uma mercadoria escassa, a empresa fez da transparência e da integridade suas pedras angulares, cultivando relacionamentos longevos baseados na confiança mútua.
Hoje, meio século após sua fundação, a imobiliária se prepara para celebrar um marco monumental: a comemoração dos seus 50 anos de existência. Uma jornada repleta de desafios superados, sucessos comemorados e, acima de tudo, conexões humanas estabelecidas.
À vista disso, cada casa vendida, cada contrato fechado, é mais do que um negócio; é a realização de um sonho, o início de uma nova etapa na vida de seus clientes.
E com os olhos voltados para o futuro, a empresa se prepara para os próximos 50 anos de desafios emocionantes, conquistas extraordinárias e, sobretudo, a continuação de uma história de sucesso que começou há tanto tempo, em uma simples Casinha de venda de jornais cheia de sonhos.